fevereiro 25, 2015

Efeitos Fotográficos

Oi gente,
hoje vim trazer mais um post sobre o marcador de maior sucesso aqui no blog. Fotografia \o/ \o/ \o/




Eu sei que vocês estavam com saudade das dicas de fotografia e confesso que eu também estava com saudades dessas postagens. Eu gosto muito, porque durante a pesquisa, acabo aprendendo coisas novas e relembrando coisas que já esqueci, pois nem tudo a gente consegue praticar.

Outro motivo para criar esse post sobre um tema mais avançado, foi que vi alguns comentários em algumas fotos que foram postadas em um grupo de fotografia, onde pessoas que se achavam entendidas de fotografia faziam críticas a fotos que usavam alguns desses efeitos sem saber de que se tratava.

Deixando um pouco de lado as dicas básicas, quero mostrar a vocês que antes do Photoshop já existiam técnicas fotográficas que davam efeitos surpreendentes a fotografia profissional. O que eu quero dizer, é quem nem sempre aquelas imagens incríveis que vemos na internet foram feitas usando programas de edição.

Existem aqueles efeitos mais simples, os quais já falei para vocês nos posts anteriores, que vocês podem conferir aqui e aqui, como regra dos terços, bokeh, flare e contra-luz, que muitas vezes fazemos até por acidente. Os efeitos que vou mostrar agora exigem um pouco mais de prática.


Longa exposição

Dominar o uso da longa exposição pode levar muito tempo, porém é uma das técnicas que mais possuem aplicações práticas dentro da fotografia. Imagens do céu, fotografias noturnas e muito mais, tudo isso é possível deixando o obturador aberto por mais tempo do que o usual. Alguns dos efeitos que falarei a seguir se utilizam basicamente da longa exposição.

Curta exposição x Longa exposição
Usando o efeito de longa exposição você pode ver como é bem mais fácil do que parece fotografar estrelas (e o seu movimento) no céu, mas não é só isso que a longa exposição pode fazer. Você pode criar cenários fantasmagóricos em cidades, fazer com que o mar se torne uma grande colcha de algodão e não para por aí, basta usar a criatividade.

Movimento de estrelas no céu
Para fotografar com pouca luz usando a longa exposição é preciso de um tripé ou apoio firme, além de uma câmera com ajustes manuais de diafragma e exposição. Câmeras automáticas e celulares conseguem alguns bons resultados, porém com mais limitações.



Panning



É simplesmente fotografar com a câmera em movimento. 

Normalmente usamos essa técnica para simplesmente acompanhar um objeto, como um veículo, ciclistas, etc., com a câmera, enquanto se faz a foto. É bastante usada para captar imagens esportivas.

Durante o click a câmera acompanha o movimento do objeto em foco
Para que o fotógrafo consiga um panning perfeito, ele precisa treinar até conseguir mover a câmera exatamente na mesma velocidade que o objeto em movimento. Isso exige muita prática até atingir a perfeição, já que é uma questão de percepção.

O que acontece? Com a câmera em velocidade baixa, o tempo de exposição aumenta e vai focalizar tudo aquilo que quer que pareça imóvel na cena, e borrar todo o resto, criando o famoso efeito. Por isso da importância de fazer um movimento que deixe o objeto a ser fotografado praticamente imóvel no visor.

O primeiro plano está focado e estático, enquanto todo o resto parece se mover em velocidade

Câmeras automáticas ou telefones celulares:

Se a sua câmera não tem ajustes como o de velocidade, fica um pouco mais difícil, pois é preciso usar uma velocidade lenta. Então você precisa fazer alguns truques: 

Faça as fotos no final do dia, com pouca luz a câmera terá que usar velocidades baixas. Nesse caso, use o modo "fogos de artifício" ou o "Fotografia Notura", pois eles mantém a longa exposição. 

- Tente fazer a noite também, com um ônibus por exemplo. É mais difícil, mas as luzes darão uma beleza especial à imagem.

Luzes noturnas dão quase um efeito de lightpaint
Motion Blur

É o efeito que dá a impressão de que a fotografia está em movimento. 

Vai do mesmo princípio do panning, mas ao contrário. Ou seja, ao invés de usar a câmera em movimento para acompanhar o objeto em movimento, mantém-se a câmera parada enquanto o objeto se move.

É possível ver o giro dos dados
Motion blur é a aparência de movimento que uma foto possui. O seu nome em inglês pode ser traduzido para algo como “mancha de movimento”, já que esse efeito é caracterizado por ter partes sem nitidez, ocasionadas por que o objeto estava se movendo na hora do disparo.

Apenas o objeto principal aparece em movimento
A velocidade do obturador precisa estar baixa, para que ele se mantenha tempo suficiente aberto, com a finalidade de capturar algum movimento. O valor para essa velocidade varia; é impossível definir isso, pois cada caso é muito particular, sendo preciso bastante treino.

O transito noturno é o melhor exemplo desse efeito
HDR

Significa High Dynamic Range, ou seja, Alto Alcance Dinâmico.

O olho humano tem um alcance dinâmico incrível: quando estamos olhando uma paisagem conseguimos ver os detalhes do céu, das nuvens, dos prédios, do mar, da grama… enfim: todos os detalhes. Já nossa câmera não!

Esse efeito capta os detalhes perdidos de cada imagem formando uma com a melhor qualidade
Às vezes quando queremos fotografar alguma imagem, como um pôr-do-sol, por exemplo, é preciso sacrificar alguns detalhes da imagem, e o HDR vem exatamente para compensar essa perda. 
O objetivo da HDR é conseguir captar o máximo de detalhes nas luzes e nas sombras. Quando temos cenas de alta variação de luminosidade. Porém, nem todas as câmeras conseguem chegar a esse efeito.

O detalhamento fica muito nítido
A técnica de HDR usa diversas exposições, para criar imagens com um alcance dinâmico gigantesco e mais parecido com o que vemos com nossos olhos, chegando ao resultado de uma imagem com muita, mas muita, informação de luminosidade. E isso nos faz poder criar fotos super interessantes.

A imagem fica mais parecida com o que nosso olho vê
Perspectiva forçada

Se você acha que é preciso ser fera no photoshop ou de superproduções para que essas imagens sejam possíveis, está muito enganado. Esse é apenas o efeito chamado perspectiva forçada, técnica que usa a distância relativa dos objetos para criar alguns dos efeitos mais incríveis já vistos. Você pode fazer uma fotografia com perspectiva forçada de basicamente qualquer objeto.
Exemplo perfeito de uma perspectiva forçada
Gigante e anão é o mais comum dos tipos, no qual alguém parece ser gigante e o outro cabe na sua mão ou sussurra algo no seu ouvido. Outra maneira bastante comum de se fotografar ilusões de perspectiva é deixar os objetos muito maiores, ou menores, do que eles realmente são. Isso é feito exatamente da mesma maneira que com pessoas. Existem inúmeras formas de brincar com esse efeito, com nuvens, desenhos, capas de discos, etc.

Juntar os amigos para brincar com esse efeito é bastante divertido
Se o objeto precisa ficar gigante, ele deve estar mais à frente e se ele precisa ficar menor (caso de prédios e elementos arquitetônicos, por exemplo), quem deve estar para frente é a pessoa que está interagindo com ele. Cabe ao fotógrafo enquadrar a cena e instruir a pessoa fotografada sobre como ela deve se posicionar para encaixar a sua pose com o monumento.

A criatividade ajuda muito
OBS: Essa técnica não é usada apenas para criar imagens bizarras, ela também serve para quando queremos fazer uma fotografia normal, mas a paisagem ou monumento não cabe na foto junto com a pessoa, sendo preciso se aproximar ou se afastar da paisagem fazendo com que tudo caiba na foto.

Lightpaint

É um dos efeitos mais famosos da fotografia, que significa desenhar com luz. 

É incrível o quanto se pode criar em longa exposição
A técnica utilizada é a longa exposição combinada com uma fonte de luz artificial e não convencional, como lanternas de LED ou lasers, aqueles usados por professores e palestrantes. Diferente de uma foto comum onde o clique da foto é rápido, para se conseguir o efeito de desenho com luz, se faz necessário que o tempo de exposição se prolongue ao máximo, a fim de permitir que se crie belíssimas imagens.

Ideia genial
Com a câmera acionada sobre um tripé, o fotógrafo se movimenta pela cena fotografada, fazendo da lanterna ou bastão de cor um pincel, enquanto a lente capta cada movimento e registra na foto durante o tempo de exposição.

O desenho pode ser colorido, vai da criatividade e da quantidade de luzes coloridas que se tenha a disposição. Em lojas de fotografia é possível encontrar bastões em varias cores para usar nesse ramo da fotografia. 

Além de desenhos, frases e palavras
OBS: É importante destacar que é preciso que a câmera consiga obter a longa exposição. Em uma câmera que trabalhei chegava a 30 segundos de exposição continua, o que dava pra fazer coisas muito legais com a luz. Em câmera compactas, dá pra usar o modo cena, mas o tempo de exposição será bastante limitado.

Existem outros efeitos não tão conhecidos, nem tão legais quanto esses na internet afora, basta pesquisar, mas o que eu quero mostrar é que ser o fera no photoshop não é nada quando se é o fera com a câmera. E devo dizer que quem domina essas técnicas é um pica das galaxias ás da fotografia.

Dizendo isso, concluo que meu conhecimento é apenas uma gota no oceano fotográfico, pois eu não domino nenhuma dessas técnicas. Até me arrisco no lightpaint e na perspectiva forçada, mas apesar de ter treinado muito, não consigo fazer o efeito panning de jeito nenhum... é impossível pra mim!!! rs

Mas espero que vocês tenham gostado do post. Algumas coisas eu precisei pesquisar para tentar explicar, pois é um pouco complicado, nem sei se fui clara o suficiente, mas é para isso que existe a caixinha de comentários. Se tá ruim, pode reclamar que vou tentar melhorar no próximo.

Como não sou boa nesses efeitos, pesquei todas as imagens no google, mas prometo postar alguma coisa minha, logo que eu conseguir fotografar alguma coisa legal kkk.

Até a próxima!!!
 
© Ventos do Outono | 2016 | Todos os Direitos Reservados | Criado por: Luciana Martinho | Tecnologia Blogger. imagem-logo