fevereiro 10, 2015

O Ladrão do Tempo

Oi gente,
estou de volta para mais uma resenha. Demorei um pouco, pois como já comentei em post anteriores, minha casa estava em obras e para completar, eu era uma das operárias. Mas esse não foi o único motivo...



Logo que postei no meu perfil do facebook e aqui no blog que minha próxima leitura seria um livro do John Boyne percebi muitas demonstrações de interesse e cobiça, o que me instigou a começar logo a leitura. Quase um mês depois, vou contar para vocês o que eu achei.

Sinopse: Matthieu Zéla parou de envelhecer no final do século XVIII, quando se aproximava da meia-idade. Duzentos anos depois, ele rememora as mjuitas vidas que teve desde que fugiu da França para a Inglaterra, após ter presenciado o assassinato brutal de sua mãe. Seus companheiros na empreitada foram o irmão mais novo, Tomas, e Dominique Sauvet, seu único amor verdadeiro. Mas Matthieu sobrevivei aos dois, e desde então não parou de sobreviver a todos. Foi soldado, engenheiro, cineasta, investidor, executivo de televisão e amante de muitas mulheres. Em seu romance de estreia, John Boyne construiu uma trama maravilhosamente articulada, que nos leva a visitar os grandes eventos que marcaram o mundo nos últimos dois séculos pelos olhos de um personagem extraordinário.

Título:O Ladrão do Tempo | Autor: John Boyne | Ano: 2014 (a primeira edição é de 2000) | Gênero: Ficção, histórico | Editora: Companhia das Letras






A sinopse nos dá uma visão de um livro cheio de boas surpresas e momentos históricos importantes através dos 256 anos de vida de Matthieu Zéla. O autor traça uma linha do tempo entre os séculos XVIII, XIX e XX, passando pela França, Inglaterra e Estados Unidos, através de épocas e momentos históricos pelo qual o personagem passa, mesclando capítulos de sua infância e adolescência, (antes de ele se tornar imortal) e do período atual.

“A passagem do tempo fez algo que antes era não apenas possível mas corriqueiro parecer além da capacidade humana.” 

Porém, o livro de 561 páginas acaba por se tornar enfadonho, contando fatos da vida do personagem e seus sobrinhos que vão morrendo sucessivamente muito jovens e deixando um filho que repete o mesmo destino de seu antecessor. 

“O futuro, uma peça que ainda não tinha começado, o passado ainda esperando as cortinas se fecharem.” 

Nesse período muitos foram os acontecimentos marcantes na história, mas isso acaba por não aparecer na trama, o que me frustrou bastante. Além disso, o autor cita fatos de pouca ou nenhuma relevância. Na verdade, muitos dos acontecimentos e das personalidades famosas da época, citadas no livro eu nunca nem ouvi falar, com exceção de Charlie Chaplin e alguns outros, ainda assim, não foi agradável ler coisas negativas sobre o gênio da sétima arte, que é retratado com um esnobe.

“O silêncio faz a mente trabalhar melhor.” 

O título do livro me atraiu, bem como a sinopse, mas acredito que o autor perdeu uma ótima oportunidade de explorar os grandes momentos da história pelo qual o personagem passa. Eu gostaria de ter lido mais sobre a primeira e segunda guerra, a revolução industrial, período napoleônico e a guerra entre França e Inglaterra, entre tantos outros acontecimentos que passaram desapercebidos e poderiam ter tornado a leitura bem mais interessante. Afinal, um livro tão denso merecia uma trama que nos prendesse à leitura, o que não aconteceu. Apesar de os personagens serem interessantes, o enredo ficou fraco, sem profundidade e foram poucos os momentos em que eu fiquei instigada a continuar lendo. Foi quase um sacrifício não abandonar o livro.

“Dinheiro tem um poder incrível de distrair você do rosto de um homem.” 

Desculpe os fãs do autor que já leram vários de seus livros, mas eu sinceramente não gostei da leitura. Talvez por ter sido seu primeiro romance, tenha escapado alguma coisa.

“Paixões súbitas, sejam elas quais forem, quase sempre são transitórias. Suas vítimas acabam recobrando a consciência um dia e se perguntando onde tinha ido parar o seu bom senso.” 

Eu não li, mas assisti O Menino do Pijama Listrado e achei fantástico, especialmente o final surpreendente e foi o que esperei desse livro, um final arrebatador. Talvez tenha sido improvável, mas tendo em vista a forma como o final do livro foi conduzida, o final só poderia ser aquele.

“E eu soube que, mesmo que eu vivesse um século, jamais conseguiria superar o que estava prestes a fazer.” 

Bom gente, talvez alguém esteja me odiando nesse momento, mas eu espero que tenham gostado da resenha. Eu tentei ser justa nas minhas colocações, e quero ser sincera na minha crítica, pois não vou sair por aí elogiando um livro e de repente alguém compra por causa da minha resenha e não gosta, com que cara eu fico?

É claro que essa é minha opinião pessoal e eu gostaria de saber de quem leu, se concorda ou discorda de mim, pois há gostos diferentes e talvez muitas pessoas tenham amado o livro.

Você pode acompanhar o que estou lendo e minhas próximas leituras através do Skoob e do Orelha de Livro.

Até a próxima!!!
 
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