Olá pessoa, tudo bem?
Hoje eu aproveitei a folga antes do Festival MADA para trazer uma resenha para vocês. É a resenha de um conto que estava disponível gratuitamente para baixar no site do Amazon. O conto chama-se Vidas de Papel e foi a leitura que escolhi para fechar o mês de outubro.
Sinopse: Thomaz estava desempregado há quase dois anos, desde que se mudara com a família para Belle Valley, vila de Ohio, devido a uma doença do seu filho caçula, Michael. Com a abertura de uma filial das Indústrias Rochets, Tomaz vê a grande oportunidade batendo em sua porta, podendo trabalhar em sua área de atuação, a Biotecnologia. Porém, o que ele não imaginava, era que desafios e preconceitos iriam fazer parte de sua rotina.
Título: Vidas de Papel | Autora: Mallerey Cálgara | Ano: 2014 | Gênero: Drama
Avaliação:
Disponível no Amazon por apenas R$1,99 COMPRE!
Então, o conto é bem curtinho e trata de um tema ainda muito controverso nos dias atuais, que é o racismo, onde conhecemos Tomaz, um pai de família super qualificado que está chegando ao limite, pois não consegue arrumar emprego em sua área de formação, e vê sua última chance ir por água abaixo ao chegar para entrevista em uma grande firma e ser tratado como um candidato a faxineiro.
Precisando pagar as contas e ajudar a sua esposa que trabalha como costureira, ele decide aceitar um emprego que não condiz com sua qualificação, mas que é o único disponível, é quando vem a surpresa e o final feliz.
Eu gostei muito desse conto, pois a trama nos mostra uma situação bastante corriqueira, abordando o racismo de uma forma considerada natural, ou seja, preconceituosa, excludente e estereotipada, especialmente no ambiente de trabalho. No caso do Tomaz, de todos os funcionários que ele encontrou pelo caminho até a sala da entrevista, apenas uma pessoa o tratou com a educação e o respeito que ele, como qualquer outra pessoa, merecia.
O mais interessante é que Tomaz, se coloca numa posição de resignação, como se já não tivesse mais forças para se impor diante desse paradigma, onde apenas pessoas brancas, bonitas e bem vestidas possuam inteligência, educação e capacidade de alcançar objetivos. Como se somente tais pessoas, aquelas que se encaixam nesse padrão, tivessem direito aos melhores assentos, aos melhores empregos, as melhores condições de vida.
O conto faz uma dura crítica a nossa sociedade atual e as mentes medíocres que corroboram com situações como a que acabei de ler. E é incrível que em pleno século XXI isso ainda persista, e as vezes parece que, cada vez mais com mais intensidade, estendendo-se para outros segmentos da nossa sociedade.
O conto teve a capacidade de ser informativo, crítico, comovente e bem realista, o que me fez gostar muito dele. O único problema foram alguns erros que encontrei durante a leitura, mas nada que uma revisão rápida não resolva. E eu espero poder ler mais alguma coisa da autora, na esperança de que tragam reflexões tão ricas quanto essa.
Até a próxima!!!
