dezembro 29, 2016

Horas Decisivas

Olá pessoal, tudo bem?
Antes que ano acabe, trago para vocês uma resenha muito bacana.


Recebi o livro pela parceria com editora Gente, selo Única e adorei a escolha, pois foi uma leitura bem diferente, mas não menos interessante.

Sinopse: “Você tem que ir, mas não tem que voltar.” O lema não oficial da Guarda Costeira martelava na cabeça de Bernie Webber depois de ter sido convocado para resgatar os tripulantes de um petroleiro que se rompera ao meio, numa das mais aterrorizantes tempestades de inverno da costa norte-americana. As chances de sobrevivência dele e dos três outros jovens que o acompanhariam na missão eram mínimas. Nessa mesma noite, um segundo petroleiro também se partira ao meio a poucos quilômetros do primeiro, e outra equipe de resgate estava em busca dos sobreviventes da outra embarcação. Aquele 18 de fevereiro de 1952 ficaria para sempre na memória de todos os envolvidos.
Horas decisivas é o resultado da extensa pesquisa de dois autores que uniram forças para escrever sobre um dos resgates marítimos mais extraordinários da história.

Título: Horas Decisivas | Autores: Michael J. Tougias e Casey Sherman | Ano: 2016 | Gênero: Não Ficção, biografia | Editora: Gente | Onde Comprar: Amazon.


Então, o livro conta a história de um resgate que aconteceu numa região bem peculiar dos EUA com relação a geografia, e homens até então, comuns, se tornaram grandes heróis ao arriscarem suas vidas para salvar os náufragos de uma enorme tempestade.

De início, conhecemos nosso protagonista e logo somos levados ao contexto em que a trama irá se desenvolver, com a explanação sobre o local, suas características geográficas e climáticas, onde uma tempestade acompanhada de muito gelo e granizo parte dois enormes cargueiros ao meio, deixando seus tripulantes em grande perigo e com poucas chances de sobrevivência. É nesse contexto que vamos sendo apresentados aos nossos heróis, os homens da guarda costeira que bravamente enfrentam ondas de quase 18 metros, frio congelante e granizo com a missão de cumprir o seu dever.


“A população de Chatham tinha sido criada no mar e sabia o que deveria ser feito para ajudar não apenas os marinheiros presos, mas também os homens que estavam arriscando a própria vida para salvá-los.”

Apesar de o enredo parecer ser bem eletrizante, os autores mesclaram momentos mais tensos com pausas que contava histórias memoráveis de acontecimentos passados ou situações semelhantes, como forma de nos mostrar a grandiosidade desse resgate, comparando outros naufrágios e resgates perigosos ocorridos na mesma região. É claro que se a leitura seguisse o rumo dos acontecimentos, o livro acabaria em alguns minutos, de forma que foi uma sacada bem inteligente e denota que foi feita uma pesquisa bastante detalhada para compor toda a trama.


“Em terra e no mar, a fria mão mortífera da tempestade pegara muitos no lugar errado na hora errada.”

Outro ponto que eu queria destacar é a forma de narrativa usada pelos autores, pois tem uma veia jornalistica muito visível durante a leitura, o que não chega a ser incômoda, mas dá um ritmo diferente a nossa leitura. Para quem gosta e está acostumados a ler e assistir documentários vai se identificar. Tive um pouco de dificuldade com os termos náuticos usados, mas depois de uma pesquisa fiquei mais familiarizada. De toda forma, a leitura flui tranquilamente bem, apesar de não haver praticamente nenhum diálogo.


“Bridges lembrou que a luz parecia um alfinete na escuridão, e que ele observava fascinado, à medida que ela avançava por entre as ondas enormes, lentamente se aproximando.”

Muitos são os personagens que surgem, afinal, são dois navios naufragados além dos barcos da guarda costeira, com destaque para o barco de 36 pés liderado por Webber, considerado o principal herói do resgate. Porém, o desfecho do livro nos mostra que herói mesmo foi outro personagem. Não há muito o que falar desses personagens, visto que o resgate em si é o ponto alto da história, mas alguns traços de personalidade e características tanto profissionais como pessoais são apresentadas, e assim, ficamos conhecendo aqueles homens, suas inspirações e seus motivos para estarem ali. É uma parte bem interessante da leitura e uma forma de conhecermos melhor tais seres humanos tão engajados em cumprir seu dever independente de qualquer coisa.

“O mar não perdoa erros.”

Apesar dessa pegada mais documental, o livro tem um desfecho ótimo, cheio de emoção que não deixa a desejar para os romances mais populares. Quanto a edição, achei a capa linda, a fonte tem bom tamanho, os capítulos não são cansativos e tem citações inspiradoras no início de cada um, e a revisão está perfeita, não encontrei nenhum erro e achei que o livro tem um bom formato, não sendo nem muito curto ou muito longo.

Para quem quer fugir dos romances e fazer uma leitura diferente,de qualidade e cheia de drama e realidades, esse livro é uma ótima pedida.

Até o ano que bem pessoal. Feliz Ano Novo!!!!
 
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