setembro 25, 2015

Resenha: Ainda Não Te Disse Nada

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje, trago mais uma "super" resenha para vocês, proveniente da "super" parceria com o "super" Maurício Gomyde, que muito gentilmente me cedeu esse livro para apreciação.

Gostaria de destacar, antes de mais nada, que eu desejava ler esse livro, desde 2012 quando comecei a me dedicar mais a leitura e  ao ouvir falar da obra fiquei muito curiosa para conhecer, especialmente por ser de um autor nacional que eu pouco conhecia, mas que vinha sendo muito bem falado internet afora.

Image and video hosting by TinyPic Sinopse: "Ninguém mais escreve cartas hoje em dia", Marina pensava. Até que um dia uma caiu em suas mãos por engano e mudou o rumo de sua vida. Levou-a ao lugar que ela sempre sonhou. E a conhecer o amor do jeito que nunca imaginou, da forma mais improvável do mundo...

Título: Ainda Não Te Disse Nada | Autor: Maurício Gomyde | Ano: 2011 | Gênero: Romance | Editora: Porto 71
Avaliação:

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Ainda Não Te Disse Nada conta a história de Marina, uma jovem sonhada e bastante determinada que deixou a vida no interior para tentar realizar o sonho de ser uma grande estilista de moda mundialmente famosa. Mas enquanto a oportunidade de ouro não chega, ela vive na companhia de um peixe ornamental, enquanto trabalha na agência dos correios, trabalho que a ajuda a se manter na capital enquanto conclui o curso de moda. Tudo muito normal, até que algo surpreendente acontece em sua rotina. Tendo em vista que o advento da internet praticamente extinguiu as trocas de cartas, a improvável imagem de uma jovem postando uma, logo atraiu a atenção de Marina e de sua colega de trabalho, Dona Jane. 


“Desde que inventaram a internet, os Correios viraram só um lugar para despachar encomenda e pagar conta.”

O que parecia algo improvável tornou-se intrigante e instigante, quando Marina acaba conhecendo a tal jovem e descobrindo o motivo de ela ainda realizar tal atividade. Porém, mais surpreendente ainda é quando o destino insere Marina dentro desse contexto e ela se vê escrevendo cartas para alguém que ela não conhece.


“Mas aprendi que o destino tem a capacidade de colocar em nossas vidas desafios que a gente nunca imaginaria.”

Sem entrar em detalhes do enredo, a história se desenrola de uma forma fascinante e a gente se vê esperando para ler as cartas que chegam, e parece que elas se dirigem a nós enquanto saboreamos as palavras trocadas com tanta doçura entre os personagens. E enquanto Marina é guiada por uma história que não lhe pertence, sua própria vida vai seguindo um rumo paralelo que, por causa das cartas, a conduz ao que o destino lhe reserva.

“Informações desconexas aguardando o gatilho que dispararia a sequência de microeventos que, na ordem correta, comporiam uma história em forma de desenho.”

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O final é incrível, cheio de surpresas, mas não tão improvável, afinal a gente deseja o tempo inteiro que Marina realize seus sonhos, e como o Maurício me disse na dedicatória, essa é a mensagem principal do livro, e poder refletir sobre esse momento enquanto se dá o desfecho é mais do que inspirador, é um lição a ser aprendida. 


“Não queria admitir, mas estava apaixonada por um monte de palavras, por uma história que não lhe pertencia.”

Falando dos personagens... Lá vem o Maurício com seu dom de criar personagens incríveis, cativantes e impactantes. Marina é tão perfeita quanto uma princesa de contos de fada e ao mesmo tempo tão real, que parece que cruzamos com ela diariamente na rua e só a percebemos porque não conseguimos evitar sua presença. E junto das suas amigas Francesca e Thais, vamos acompanhar diálogos hilários e uma cumplicidade que só amigas de verdade possuem. 


“Espero que a imagem que você tem de mim seja também a de alguém que deixa a alma conduzir a caneta.”

Eu gosto muito da construção de cada um dos personagens, pois são todos ricos e representativos na história, algo que o autor consegue fazer com maestria, desde o pai da Marina e seus trejeitos italianos até o Seu Patrício, que de mero coadjuvante se torna um bom amigo e conselheiro.


“O tempo cronológico de uma vida pode não ser longo, de facto, mas o tempo de um amor verdadeiro, este sim, é que não tem fim.”

E o que dizer dos cenários onde a história se passa? São Paulo, Portugal, Paris... Tudo isso regado a uma trilha sonora escolhida a dedo, que vai de O Teatro Mágico a ZAZ, através de letras que representam cada momento da história. Oh! Maurício porque fazes isso com seus leitores? rs.


“Paris estava apenas no início, e ela poderia ser a Marina Albertini que um dia desistiu de ser padeira no interior para tentar chegar o mais longe que conseguisse.”

Minha única crítica ao livro é em relação a um fato da história, o qual eu não posso citar para não soltar spoilers, mas eu gostaria que esse acontecimento tivesse repercutido mais expressivamente para o desfecho, pois a princípio me pareceu que iria mudar totalmente a história, mas ele acabou não interferindo no final e perdendo um pouco o sentido, como se fosse apenas uma pedra no caminho.


“Marina não queria levar e trazer histórias queria ser uma história.”

Mas enfim, o livro é lindo, maravilhoso e eu não tenho mais palavras para descrever o quanto eu adorei essa leitura. A edição está linda, simples, a capa é perfeita.

É isso. Espero que tenham curtido a resenha. Tá meio corrida porque já são quase 2 da madruga e o sono está batendo, mas eu não conseguiria dormir sem terminar a leitura e contar tudo para vocês.

Até a próxima!!!


 
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