janeiro 03, 2016

O Oceano no Fim do Caminho

Olá pessoal, tudo bem?



Hoje trago a primeira resenha do ano, referente a última leitura de 2015. 

Sinopse: Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos.Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino. Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.


Título: O Oceano no Fim do CaminhoAutor: Neil GaimanAno:  2013 Gênero: FantasiaEditora: IntrínsecaOnde Comprar: Saraiva e AmazonAvaliação: 


Eu ainda estou pensando o que dizer sobre esse livro. Ele não é um livro infantil, mas também não chega a ser um livro adulto, pois é uma fábula um tanto quanto assustadora, onde os acontecimentos que deveriam ser apenas fantasiosos se tornam bastante reais.

O livro conta a história de um homem de meia idade, num primeiro momento, que retorna a casa de sua infância para um velório, e todas as lembranças começam a voltar ao ponto onde as coisas mais extraordinárias aconteceram, ou seja, quando ele tinha apenas 7 anos, quando ele conheceu uma menina que morava no final da estrada onde ficava sua casa, que era uma espécie de chácara, com cavalos, vacas e um lago, o qual Lettie Hempstock, sua nova e única amiga, o chama de Oceano.

“Mas ali, de pé naquela saleta, tudo estava voltando. As lembranças estavam à espreita nos arredores das coisas, acenando para mim. Se você me dissesse que eu tinha novamente sete anos, por um breve instante eu quase poderia acreditar.” 

Então, o garoto, até então sem nome, não possuía amigos por ser diferente deles, ele adorava ler e viver no seu mundo geek, até que um dia, um dos hóspedes de sua casa – sua família passou a alugar um quarto para ajudar nas despesas – foi encontrado morto no fim da estrada, após roubar o carro do seu pai. Assim, ele conheceu Lettie e sua família, composta por 3 mulheres que tocavam a enorme chácara encantada. E logo, o garoto teve a oportunidade de descobrir isso, ao mesmo tempo que se tornou uma maldição, pois ele trouxe com ele uma espécie de monstro que passou a atormentar a ele e a sua família.

“Desde pequeno eu sempre pegava várias ideia emprestadas dos livros. Eles me ensinaram quase tudo o que eu sabia sobre o que as pessoas faziam, sobre como me comportar. Eram meus professores e meus conselheiros.”

A história se desenrola a partir daí e acompanhamos a luta de Lettie, Ginnie e a Velha Senhora Hempstock tentando livrar o mundo e a criança dessa ameaça que altera a rotina dos personagens, onde o pequeno garoto busca demonstrar toda a sua coragem, enquanto a ameaça sinistra assombra sua casa e seu mundo.

“Algumas vezes os monstros são coisas das quais as pessoas deveriam ter medo, mas não têm.”

O livro é todo narrado em primeira pessoa, na visão do garoto, o que dá certa leveza a trama, tendo em vista que a história é um pouco pesada, mas ao ler você entende a visão infantil da narrativa, a partir das memórias do personagem. Parece uma mistura de “O Labritinto do Fauno” com “Alice no País das Maravilhas” e até o final do livro, a gente não sabe se tudo que acontece na história aconteceu de fato. Por um momento, achei que o garoto era esquizofrênico, mas parece que não... Será?

“Desci, um passo de cada vez, me imaginando como o Batman, me imaginando como uma centena de heróis e heroínas das histórias de colégio, e então, caindo em mim, me imaginei sendo um pingo de chuva na parede, um tijolo, uma árvore.”

O final, deixou aquela margem para a imaginação e eu fiquei sentindo no livro alguma coisa meio espírita, espiritualista, sabe... Acho que vou precisar reler para tentar entender alguns pontos, mas no geral, é uma boa história, para quem gosta de fantasia vai ter uma boa inspiração para imaginar os seres que aparecem durante a narrativa. Já os personagens principais eram poucos, e pouco foi descrito de cada um deles, não dando margem para que pudéssemos construir suas personalidades, ficamos apenas com algo bem superficial, o que não faz diferença, visto que o que importa é a trama em si.

“...algo que havia se agitado na minha mente, por um momento, de forma tão poderosa que acreditei ser real, mas que agora havia desaparecido, e desvanecido-se no passado como uma memória esquecida, ou como uma sombra ao pôr do sol.”

A edição é bem simples, não tem firulas, afinal é um livro curto, nem subdivisões em partes, páginas amareladas, fonte em bom tamanho e a capa e contracapa condiz muito com o enredo.


Espero que tenham gostado da resenha, não sei se consegui ser clara no comentário. Eu só conhecia o livro pela sinopse, que me atraiu, mas não tinha lido nenhuma resenha a respeito e o que me fez comprar foi a boa pontuação no Skoob. E não sei porque não dei 5 folhas de outono, acho que é porque não estou familiarizada com o gênero e me senti um pouco perdida.

Não esqueçam que está rolando promoção de ano novo. Participem!!!

Até a próxima!
 
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