maio 29, 2016

As espiãs do Dia D

Olá pessoal, tudo bem?
Fim de semestre chegando e a gente sempre acaba negligenciando as leituras, neh


Demorei um tempão para finalizar essa leitura por conta do pouco tempo para me dedicar a ela, mas consegui finalizar sem grandes problemas e agora venho contar para vocês minhas impressões.

Quando se trata de um livro que tem como pano de fundo a Segunda Guerra, eu sempre me encho de expectativas sobre o enredo, personagens e dados históricos. Por isso, fiquei bem atenta as informações que forma sendo passadas durante o desenrolar do enredo.


Sinopse: Segunda Guerra Mundial. Na fúria expansionista do Terceiro Reich, a França é tomada pelas tropas de Hitler. Os alemães ignoram quando e onde, mas estão cientes de que as forças aliadas planejam libertar a Europa. Para a oficial inglesa Felicity Clairet, nunca houve tanto em jogo. Ela sabe que a capacidade de Hitler repelir um ataque depende de suas linhas de comunicação. Assim, a dias da invasão pelos Aliados, não há meta mais importante que inutilizar a maior central telefônica da Europa, alojada num palácio na cidade de Sainte-Cécile. Porém, além de altamente vigiado, esse ponto estratégico é à prova de bombardeios. Quando Felicity e o marido, um dos líderes da Resistência francesa, tentam um ataque direto, Michel é baleado e seu grupo, dizimado.
Abalada pelas baixas sofridas e com sua credibilidade posta em questão por seus superiores, a oficial recebe uma última chance. Ela tem nove dias para formar uma equipe de mulheres e entrar no palácio sob o disfarce de faxineiras. Arriscando a vida para salvar milhões de pessoas, a equipe Jackdaws tentará explodir a fortaleza e aniquilar qualquer chance de comunicação alemã – mesmo sabendo que o inimigo pode estar à sua espera. As espiãs do Dia D é um thriller de ritmo cinematográfico inspirado na vida real. Lançado originalmente como Jackdaws, traz os personagens marcantes e a narrativa detalhada de Ken Follett.
Título: As Espiãs do Dia D | Autor: Ken Follett | Ano: 2015 Gênero:  Romance Histórico, drama Editora: Arqueiro Onde Comprar: Amazon


O autor, que já é bem conhecido pela escrita marcante, foi muito preciso em cada detalhe que inseriu na trama, tornando-a muito palpável ao leitor, apesar de que a história se passa em um curto período de tempo, apenas 10 dias (divididos em 10 partes, onde cada parte equivale a um dia) até o desfecho, de forma que temos muitos detalhes para processar, além de muitos personagens principais e secundários.

“A guerra permite que as pessoas sejam aquilo que elas realmente são: os sádicos se tornam torturadores, os psicopatas dão ótimos soldados na linha de frente, os valentões e os fracos de espírito têm a oportunidade de exercer sua natureza até as últimas consequências e as putas... essas nunca têm tanto trabalho.”

A premissa conta que Flick, nossa heroína, é uma espiã inglesa que tem como missão sabotar o plano alemão de dominar o mundo, vai fazer de tudo para atingir seu objetivo junto com os aliados franceses que formaram uma resistência e vão lutar com unhas e dentes para evitar que o terceiro Heich siga conquistando mais territórios.

“Ainda tinha um milhão de coisas que pretendia fazer quando aquela maldita guerra terminasse: concluir seu doutorado, ter um filho, conhecer Nova York, comprar um carro esporte, beber champanhe numa praia em Cannes.”

O bom de ler livros sobre o mesmo tema é que a gente acaba agregando informações e estas vão aparecendo nos próximos livros, complementando a leitura anterior. E aqui eu vi o uso do rádio, que era um item importantíssimo no período da guerra, tanto para os militares quanto para os civis que tentavam se manter informados, por isso que os rádios eram confiscados (quem leu O Diário de Anne Frank sabe) ou serviam para encontrar os inimigos através das ondas que eram emitidas (como podem ser vistos em Toda Luz Que Não Podemos Ver) e isso acaba enriquecendo muito o livro. Acredito que o autor foi muito feliz nesse ponto.

“Mas pense nos tantos soldados alemães e nos civis franceses que morreram por conta dos terroristas que ela abrigou em casa. Aí você começa a achar que um campo de concentração é até pouco castigo.”

Falando dos personagens, que são muitos, destaco as características das Jackdows que foram recrutadas para a difícil missão e possuem personalidades bem distintas, o que vai influenciar no desenrolar da trama, pois de início dão 7, mas em algum momentos será preciso reorganizar o grupo, exatamente por causa dessas pessoas tão distintas. Além delas, Paul, o americano que vai contribuir muito e o vilão, Dieter Frank, que tem uma inteligência rara e vai atormentar e atrapalhar todos os planos da nossa protagonista.

“Precisava lembrar-se, no entanto, que as informações colhidas naqueles lugares ajudavam a salvar a vida de soldados alemães jovens e decentes, dando a eles a oportunidade de voltar para os braços de suas mulheres e filhos em vez de morrerem num campo de batalha qualquer.”

Gente, eu não vou dizer que o livro é super intenso, cheio de ação e tal, mas ao mesmo tempo é, pois há muitas reviravoltas, muitos momentos de tensão, onde a gente se pega querendo ajudar ou impedir que o vilão aja kkk. O que não gostei muito foi que achei algumas descrições desnecessárias para o desenrolar da trama, o que acabou deixando a leitura mais lenta no início. Por outro lado, as descrições da torturas e dor horrores da guerra, além de todo o planejamento e desenvolvimento do enredo foi primorosamente escrito, o que de certa forma compensa a parte mais negativa do livro.

“Sentia-se no ar o cheiro forte de detergente, como se as autoridades julgassem possível limpar também a bactéria do crime.”

O livro foi baseado em um fato real que aconteceu durante a segunda guerra e autor fez uma ótima adaptação, pois além de ter demonstrado o poder das mulheres durante a guerra, mesmo naquela época, fez com que a história se tornasse bem contemporânea, trazendo alguns personagens que fogem do convencional, pois a pesar do clima tenso da guerra, o autor deixou espaço para alguns momentos descontraídos.

“Os vagões eram de todo tipo, mas nenhum para passageiros. Uns eram concebidos para o transporte de mercadorias, outros para gado.”

A versão que li foi em PDF, então não há muito o que falar sobre, mas eu gosto da capa e não lembro de ter encontrado algum erro. Apesar do tipo de leitura, arquei bastante citações, afinal a história tem passagens marcantes caracterizadas pela boa escrita do autor.

“Quanto mais os jovens souberem das outras culturas, menores as chances de que eles sejam tão burros quanto nós fomos a ponto de se meterem numa guerra com os próprios vizinhos.”

Vamos parando, senão vai sair algum spoiler. Como é um livro de um tema que me interessa muito, levou 5 folhinhas e eu recomendo muito para quem também se interessa. Então, algum aí já leu? O que acharam? Gostam desses tema em livros? Contem-me tudo!!!

Até a próxima!
 
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