junho 09, 2016

Através do Espelho e o que Alice Encontrou por lá

Olá pessoal, tudo bem?
A resenha de hoje é a prévia de um filme que irei assistir no final de semana.


Essa é a segunda história de Alice, a primeira e mais famosa é Alice no País das Maravilhas cuja resenha vocês podem conferir clicando sobre o título, acima. Com a estreia do filme do Tim Burton eu logo me desesperei para ler o livro e poder conferir o filme já sabendo de todos os detalhes.

Sinopse: Numa tarde fria de inverno, enquanto a neve cai silenciosamente lá fora, Alice brinca com a gata Dinah e seus filhotes na sala de casa. Mal sabe ela que está prestes a viver uma aventura formidável. De repente, atravessa o espelho que está sobre a lareira e chega a um mundo onde tudo está ao contrário, de pernas para o ar: _ores falam, peças de xadrez andam e quanto mais você corre, mais você _ca no mesmo lugar. Um mundo em que as coisas “trocam de lado”, da mesma forma que as linhas de um livro, quando você o observa aberto diante de um espelho. Lá, na Casa do Espelho, estão também os personagens favoritos da infância de Alice: os gêmeos Tweedledum e Tweedledee, a Morsa e o Carpinteiro, o Leão e o Unicórnio, o orgulhoso Humpty Dumpty, a implicante Rainha Vermelha.
Título: Através do Espelho e o que Alice Encontrou por lá | Autor: Lewis Carroll | Ano: 2010 | Gênero: Fantasia, Romance | Editora: Zahar | Onde Comprar: Amazon


Bom, essa nova história é na verdade anterior a primeira, ou seja, ela se passa antes de Alice entrar na toca de coelho e descobrir o país das maravilhas, visto que no primeiro livro todos a reconhecem e fala-se muito sobre acontecimentos dos quais Alice não se lembra, e esses fatos estão presentes nesse segundo livro.


“O que sei é que os bosques parecem sonolentos no outono, quando as folhas estão ficando castanhas.”

Então, Alice entra no espelho e descobre que lá tudo é ao contrário, o que nos deixa malucos tentando entender a lógica insana por trás da mente do escritor. Mas o fato é que Alice se depara com um imenso tabuleiro de xadrez e precisa vencer o jogo para se tornar rainha, por assim dizer. O problema é que ela é um mero peão no tabuleiro e ao avançar cada quadrante ela irá encontrar personagens tão malucos quanto toda a história.


“E Alice começou a lembrar de que era um Peão e de que logo seria hora de se mover.”

Eu gosto muito dos diálogos, narrados de forma brilhante pelo autor, e Alice é uma garota muito sagaz, atenta e cheia de disposição e modos que lhe conferem uma personalidade única, enquanto que todos os personagens em volta dela a tratam como uma tola. 


“Pois aqui, como vê, você tem que correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.”

Eu ainda vou ver o filme, mas já percebi que há algumas diferenças entre este e o livro, visto que nosso querido Chapeleiro não está presente nesse segundo livro, se não me falha a memória ele sequer é citado, enquanto que no filme a trama parece transcorrer em torno dele e isso me deixou muito intrigada enquanto lia, pois fiquei esperando surgir o Chapeleiro e nada.


“Agora os livros são mais ou menos como os nossos, só que as palavras estão ao contrário: sei porque segurei um dos nossos livros diante do espelho e eles seguraram um na outra sala.”

Mesmo sem o chapeleiro, a história segue em seu enredo cheio de bizarrices, como só o Lewis Carroll poderia ter idealizado, lugares inimagináveis, obstáculos e algumas músicas e poesias totalmente sem sentido. Essa parte em especial não me agradou muito, pois tira um pouco nossa atenção da trama e torna a leitura mais lenta, já que acabamos temos que buscar algum significado nos trechos das poesias e canções.


“A lua brilhava mofina,
porque pensava que o sol,
depois que o dia termina,
devia se retirar.
‘É muita indelicadeza’, dizia,
‘vir aqui me ofuscar’.”

Por um momento eu me peguei comparando essa nova história com a do Pequeno Príncipe, onde ele viaja para vários lugares e tem diálogos marcantes com cada personagem do caminho. Alice faz quase isso, e em sua trajetória há várias reflexões que ficam nas entrelinhas.

A edição que li é de bolso da Zahar, que contém as duas histórias no mesmo volume em capa dura, cheia de ilustrações do John Tenniel e bem divida, com boa fonte e nenhum erro de revisão encontrado. 

Espero que tenham curtido. Quando eu assistir o filme pretendo trazer aqui as comparações para vocês. Quem já leu, não deixe de me contar.

Até a próxima!!!
 
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