agosto 27, 2016

Joyland

Olá pessoal, tudo bem?
O negocio apertou lá no trabalho, mas ainda assim consegui ler um livro em tempo razoável.


A verdade é que eu queria muito ler esse livro e não iria ficar perdendo tempo com outras coisas. Ainda bem que o livro é curtinho e sendo escrito por quem foi, a leitura fluiu maravilhosamente bem.

Sinopse: Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer.Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria.
O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.
Título: Joyland Autor: Stephen KingAno: 2015Gênero: Suspense Editora: Suma Onde Comprar: Amazon


Então, Joyland é um parque fixo, de porte médio, daqueles que faziam muito sucesso na década de 1970, período em que se passa a história, narrada em primeira pessoa pelo protagonista, o velho Devin Jones, que revive nas páginas a época em que era um jovem universitário que arrumou um emprego de verão no parque, enquanto tentava curar seu coração partido.

“O que sei agora é que jovens cavalheiros raramente conseguem uma boceta. Pode bordar essa frase e pendurar na cozinha.”

Logo no início, quando Devin chega ao parque, nos familiarizamos com o ambiente, com seus personagens, com a linguagem usada no local e também com um mistério que ronda Joyland, que é o de uma jovem que foi assassinada dentro do trem fantasma, algo bem clichê, mas que sendo contato pelo Stephen King tudo é bem mais assustador.

“O que eu estava sentindo naquele momento era... nada. Exceto por uma parte bem profunda de mim, em que tinha começado a me dar conta de que aquela talvez não fosse minha última noite de vida, afinal.”

E aqui eu coloco uma ressalva, pois apesar de todo o mistério da morte da garota, cujo assassino nunca foi descoberto, o clima de mistério acaba sendo bem sutil mas te prende a história mesmo assim, pois há muito mais coisa recheando a trama, onde o autor não fica preso a isso, ele cria todo um cenário rico em elementos que vão te fazer devorar a leitura sem sentir. E eu só ficava me perguntando como fiquei minha vida inteira sem ler os livro do King!!!

“O último adeus sempre chegava, e, quando você via a escuridão se aproximando, se agarrava ao que era alegre e bom. Com todas as forças.”

A chamada na capa do livro diz: "Uma das histórias mais bem escritas de King... Profunda, divertida, cheia de reviravoltas, despretensiosa e, por fim, arrasadoramente triste." De fato, o autor cuidadosamente escreveu um livro que nos leva do riso as lágrimas no decorrer da leitura, enquanto no deixa ávidos para descobrir o mistério que se desenrola aos poucos. Sua linguagem é jovial, mas cheia de sagacidade e tiradas ácidas.

“Em um mundo triste e sombrio, somos uma verdadeira ilha de felicidade.”

O Devin é um personagem bem comum, mas com uma "alma de parque" como se diz no livro, que acaba surpreendendo a nós e a ele mesmo em alguns momentos. Há os outros personagens secundários, como os funcionários do parque e a família que vive na grande casa vitoriana na beira da praia, dos quais eu não quero entrar em detalhes, pois eles são importantes para o desenrolar da trama e não posso soltar spoilers. Mas são todos profundos e com características bem peculiares, do tipo que só uma menta como a do King poderia criar.

“Ele parecia um cara em quem a realidade tinha acabado de fazer uma lavagem intestinal, tirando de seu corpo toda a merda de piadinhas daquele emprego de verão.”

Eu gosto muito da capa, que remete ao livro em vários aspectos. Não encontrei erros de revisão em uma edição bem simples, com páginas amareladas e fonte tamanho padrão.

Espero que tenham gostado da resenha. Apesar de ser uma história de suspense, recomendo muito para quem curte e especialmente para quem quer se aventurar, mas teme algo muito pesado.

Até a próxima!
 
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