agosto 09, 2016

Pelos Caminhos da Vida

Hoje, finalmente trago a resenha desse livro. Falo isso, pois o trabalho e a volta as aulas acabaram atrasando minha leitura e demorei bem mais do que deveria. Mas enfim...


O livro me foi enviado em parceria com a editora Petit e o selecionei pela sinopse, e por ter sido o que mais chamou atenção do público que acompanhou a postagem dos lançamentos da editora, aqui no blog.

Sinopse: Na França, em pleno século XIV, vive Adele, uma jovem de apenas 13 anos. Apesar de tão pouca idade, ela se vê obrigada a enfrentar uma intensa jornada pessoal quando seu pai descobre que é sensitiva, capaz de ver e conversar com espíritos. Ao lado de sua aia Justine, Adele foge da ira paterna e vai ao encontro de Elise, única pessoa que poderia ajudá-la a lidar com seus dons. E é a figura emblemática de Elise que unirá Adele a Aimée, jovem de igual sensibilidade e dons. O pai de Adele, no entanto, não desiste da perseguição à filha, e sua vingança acaba resultando numa tragédia de grandes proporções.
Título: Pelos Caminhos da Vida | Autor: Cristina Censon (pelo espírito Daniel) | Ano: 2016 | Gênero: Espírita, Romance | Editora: Petit | Onde Comprar: Amazon


Como todos sabem, a Petit é um editora de livro com temas majoritariamente espíritas e esse não é diferente. Mas engana-se quem pensa que trata-se de uma história cheia de dogmas e mandamentos religiosos. A história se passa num contexto em que a espiritualidade das pessoas não eram bem aceitas, mas vista como uma maldição que deveria ser abolida da sociedade.

“É essa a finalidade da encarnação: propiciar a evolução de cada ser, mediante tarefas que devam ser realizadas conforme as programações estabelecidas.”

Passando no período Feudal, a trama se inicia quando conhecemos o jovem Adrien que perdeu toda sua família acometida pela peste que assolava grande parte da Europa. Triste e desiludido, ele vê um novo motivo para viver quando recebe em sua humilde cabana um jovem e sua acompanhante que detém um grande segredo. Ele logo se encanta com as palavras cheias de poder da menina e resolve ajudá-la em sua fuga. Durante o percurso vão acontecendo obstáculos, ao mesmo tempo que novos personagens surgem para auxiliar a pequena Adele a alcançar seu objetivo, que é encontrar Elise, a mulher a quem sua mãe lhe direcionou.

“Está em suas mãos mudar o rumo de sua existência.”

O fato é que o pai de Adele não aceita sua condição especial e sai em uma busca frenética para trazê-la de volta após a morte da esposa e interná-la em um convento, onde será curada do mal que ele acredita estar possuindo a filha. Mas apesar da pouca idade, Adele já possui seus dons bem desenvolvidos e aparente ser bem experiente, lutando sempre para chegar ao seus destino.

“Ela encantava a todos que, desprovidos de preconceitos e ideia equivocadas, a escutavam falar de maneira lúcida sobre suas convicções.”

O título do livro reflete bem o enredo e durante o percurso de Adele e seus amigos, há algumas reviravoltas na trama que vão mudar o rumo dos acontecimentos e nos levar a várias reflexões a respeito dessa questão espiritual, vida após a morte, reencarnação, etc.

“Assim era o ir e vir, de um mundo a outro, de uma realidade a outra. Era a dinâmica da vida: nascer, viver, morrer, num ciclo incessante, sempre buscando a melhoria espiritual.”

O desfecho não oferece nenhuma surpresa e conclui a história deixando um rastro para uma possível continuação, onde todos ou quase todos os personagens tem seus finais felizes, pelo menos até então.

“Ela dizia que a ignorância prendia os homens a patamares inferiores indefinidamente e que a instrução libertava.”

Eu não sou o tipo de pessoa religiosa ou que acredita em espiritismo, mas no geral achei uma boa história, apesar de não ter me prendido muito a narrativa, pois achei a escrita da autora um pouco lenta, com alguns detalhes desnecessários e diálogos um pouco longos. Mas gostei dos personagens e cada um teve seu papel importante no desenrolar da trama, bem como das lições e mensagens que são passadas durante a leitura.

“O conhecimentos nos outorga algumas concessões, como a de acordar mais facilmente para a verdade, procurando reajustar as ações indevidas e resolver as pendências criadas por nossa própria imperfeição.”

A capa do livro é linda e se relaciona bem com a história, as páginas são brancas, mas esse “defeito” é compensado pelo tamanho da fonte que é um pouco maior que o normal. Encontrei poucos erros de revisão, mas que não interferiram no entendimento do texto.

Então, é isso, demorei um pouco para concluir, mas apesar disso, acredito que tenha conseguido captar a essência da história e passá-las a vocês, que espero tenham curtido. É um livro que indico para quem curte o gênero, mas também para quem não sabe muito sobre espiritismo e não quer ler um texto didático para aprender, acho que uma história que narra um acontecimento assim, pode contribuir para sanar dúvidas.

Até a próxima!
 
© Ventos do Outono | 2016 | Todos os Direitos Reservados | Criado por: Luciana Martinho | Tecnologia Blogger. imagem-logo