abril 07, 2017

Resenha 4/17: Um Corpo na Biblioteca

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje, é dia de resenha e fiquei muito feliz com a escolha desse livro que faz parte de um box.


Fazia um tempo que não lia nada da autora e foi muito bom poder reencontrar a rainha do crime.


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Sinopse: Ruby Keene, uma bela jovem, é encontrada morta na biblioteca da mansão do casal Bantry, aparentemente estrangulada. Dolly Bantry, a dona da mansão, chama sua amiga, a detetive amadora Miss Marple, para tentar descobrirem juntas quem é a garota, como foi parar lá, quem a matou e qual foi o motivo. Tudo se complica ainda mais quando chega até eles a notícia de outra adolescente morta, carbonizada dentro de um carro incendiado em uma pedreira. Qual será a possível conexão entre os dois incidentes?

Título: Um Corpo na Biblioteca | Autora: Agatha Chritie | Ano: 2016 (original 1942) | Gênero: Romance policial, ficção | Editora: Harper Collins Brasil.


Ler Agatha Chritie é sempre um deleite, quando se trata de romances policiais. Com “Um Corpo na Biblioteca” não foi diferente e, apesar de ser meu primeiro contato com a personagem de Miss. Marple, os elementos que transformaram a autora na rainha do crime estão presentes em toda a sua glória.

"Corpos estão sendo sempre encontrados nas bibliotecas, nos livros."

Falando rapidamente da história, trata-se do assassinato de uma jovem, cujo corpo foi encontrado na biblioteca de uma família que parecia não ter nenhuma relação com ela e as investigações tomam diversos rumos, enquanto Miss Marple em sua sagacidade vai aos poucos desvendando tudo, deixando até a polícia para trás.

"Tudo estava quieto novamente, mas havia alguém mais no quarto."

Tudo se passa em uma cidade pequena, do tipo que todos se conhecem, mas no caso da vítima, poucos a conheciam e nem todos que a conheciam gostavam dela, com exceção de um dos personagens, cujas intenções levaram ao motivo para o assassinato da jovem Ruby. Há vários personagens na trama, algum de maior importância, outros nem tanto, mas de alguma forma, todos  estão direta ou indiretamente envolvidos no contexto da morte da jovem e isso vai sendo revelado aos poucos, sem que o mistério seja desvendado antes do desfecho.

"Um dedo e um polegar já estavam prontos para segurar uma dobra de pele, enquanto a outra mão segurava uma seringa."

Uma das coisas que mais gosto na escrita da autora é que ela não perde em descrições desnecessárias, devaneios, etc. Tudo que  é narrado alí é um fato importante para a trama e para o desfecho. E o mais incrível é que nos vamos acompanhando a história tentando, em vão, solucionar o mistério.

"As pessoas mais inverossímeis, sabia ele, escreviam contos policiais. E Miss Marple, com suas roupas de solteirona fora de moda, parecia uma pessoa singularmente fora do comum."

Agatha consegue inserir detalhes mínimos para fazer com que tudo pareça ser bem mais complexo na narrativa, ao mesmo tempo que usa uma linguagem simples e fluida, apesar de o livro ter sido escrito há pelo menos 70 anos. Apesar de curto, o livro é bastante intenso e nos prende desde as primeiras páginas. 

"Era uma figura vulgar, espalhafatosa, extravagante, mais do que imprópria em meio ao conforto austero e antiquado da biblioteca do coronel Bantry."

Bom, espero que tenham curtido. Quem nunca leu o gênero, eu recomendo, pois vai se apaixonar.

Até a próxima!!!
 
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