agosto 25, 2017

Resenha 10/17: Cartas de Amor Aos Mortos

Olá pessoal, tudo bem?
Parece que minha estratégia de leitura está funcionando e hoje tenho uma resenha fresquinha.



Já pensando na próxima leitura e em participar de uma maratona nacional, o que acham? Mas vamos ao que interessa, não é?


Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Título: Cartas de Amor aos Mortos | Autora: Ava Dellaira | Ano: 2014 | Gênero: Juvenil, Romance, YA | Editora: Seguinte


Bom, a história se inicia com um trabalho escolar em que Laurel – nossa protagonista - precisa escrever uma carta para alguém que já morreu e isso se torna um exercício de desabafo e reflexão para ela, pois sua irmã mais velha morreu seis meses antes e ela ainda não superou a perda. Mas as cartas que Laurel começa a escrever não são endereçadas a irmã, mas a personalidades famosas que de alguma maneira influenciaram sua vida.

Laurel precisou mudar de escola para não ter que encarar o olhar de pesar dos colegas e ainda não fez nenhum amigo. Todo o ambiente inicial parece tão depressivo, tendo em vista que seus pais se separaram e sua mãe, de certa forma, fugiu para não ter que litar com a realidade, deixando a garota se dividindo entre morar uma semana com o pai e na outra semana com a tia.


Talvez as cartas que Laurel escreve lhe dão força para seguir, e ela começa a fazer amigos, conhecer pessoas e ir a lugares, mas evita falar sobre a perda da irmã que ela tanto admirava, e a quem se espelhava, na busca de ser tão especial como acreditava que sua irmã era.

Assim como Laurel, eu tenho uma irmã mais velha, mas eu nunca quis ser ela, apesar de me sentir as vezes como ela se sentia em relação a irmã, que por ser mais velha tinha mais liberdade. Eu sempre fui rebelde e minha irmã é bem certinha, é assim até hoje, o que faz com que eu não me identifiquei muito com a protagonista, a situação seria em oposta. Mas a relação da Laurel com a irmã era bem próxima e acho que é normal se sentir como ela se sentia por causa da irmã.


O fato é que Laurel não conhecia a irmã como achava que conhecia. Ela admirava a fantasia que a irmã criou para mantê-la naquele estado de proteção, de admiração e tal. E isso vai permear todo o enredo, nos deixando descobrir aos poucos a verdade enquanto a própria Laurel vai se descobrindo e aprendendo a viver sem a presença da irmã.

O livro é bem juvenil, tem várias mensagens voltadas para adolescentes, seus problemas, dificuldades e angústias. A ausência dos pais e importância de uma família estruturada também fazer parte da trama, e tudo é colocado na medida certa. Apesar de haver romance, esse também não é o foco, o que torna a história mais interessante a meu ver.


Narrada através das cartas que Laurel escreve para Kurt Cobain, River Phoenix, Amelia Eahart, Amy Winehouse, Janis Jopplin, Elizabeth Bishop, entre outros, ela reflete sobre a sua vida e sobre a vida dessas pessoas, tentando entender os motivos e as razões para que tivessem partido prematuramente, assim como sua irmã. E o melhor é ver a evolução da personagem, que passamos a admirar no decorrer da leitura.

A vida de Laurel, por mais jovem não é fácil, ela passou por várias situações difíceis que ela conta nas cartas que chega ser difícil de ler, que nos emociona e nos revolta. Mas confesso que somente a última carta me levou as lágrimas.

O livro é incrível, eu havia lido muitos comentários positivos e estava ansiosa para ler, e que bom que o fiz nesse momento e agora posso compartilhar com vocês. Recomendo muito a leitura, especialmente para quem é fã de música, pois há várias referências, assim como de poesia.

Espero que tenham curtido a resenha e sei que havia muito mais para falar sobre essa obra incrível.

Até a próxima!!!
 
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